A Perda da Casa.
Quando já era noite ela acordou e olhou para todas faces presentes ali,pareciam tão pacíficos e ela pensava "Estão tão tranquilos e leves não devo estar como eles,será que não sentem esse ar gélido,essa sensação estranha que me corroí por dentro?Será que não estão sentindo o que está acontecendo?Não?
Ela correu pelo pequeno e abafado cômodo, procurando o que á deixava assim, o ar gélido que passará pela janela não era comum, era gelado obviamente,mas diferente,anormal,acompanhado de neblina incomum...Ela tremeu,aquilo passou pelo seu corpo como se pedras de gelo a atravessassem, ela se sentiu triste;logo após a brisa estranha,chegara um ar,um ar não gélido,um ar quente,quente ao extremo, ela pensara " como poderia o tempo mudar assim tão depressa?" O que a fez pensar assim foi pelo fato de enquanto a brisa gélida passara por seu cabelo o deixando voar , a brisa quente,sufocante soprava em sua face.Ela se sentiu mal novamente, tal como a brisa estranha,ela se sentira quente e sufocante,desesperada ela saiu do cômodo, tentando procurar alguma explicação....
Sua pequena casa havia um quarto,banheiro,cozinha, e uma pequena sala, era pequena porém confortável arrumada e feliz; ela gostava dessa casa,sempre gostou, gostava de sua cor amarela e azul, cores vivas... e felizes, ela gostava da sala, da tv pequena, das fotos da estante das paredes , Ahh... as fotos complementavam aquela salinha, gostava tanto do sofá xadrez, preto e vermelho, sempre que olhava para aquela mancha no sofá sorria da lembrança: seu irmao caçula sangrava o nariz e dizia que estava doente e que iria morrer, ahhh... aquela mancha... era estranho, mas ela gostava, gostava também da lareira, pequena e rustica, que seu pai tentara construir, sempre que um pedaço dos tijolos ameaçava desabar, mas ela gostava da lareira, gostava da cozinha, do cheiro dela, dos armários coloridos, construindo também pelo seu pai, gostava do quarto, porém pequeno para dormir oito pessoas, gostava das camas de casal e das duas beliches...Ohhh... ela gostava, amara essa casinha, que passara sua infância, havia tantas lembranças nela em cada objeto e cômodo, era tão bom, tão gostoso.
A casinha ficava em Phoenix, num terreno solitário, no meio das árvores secas, ela era a única coisa feliz que ali se encontrara.
• Ela achou a explicação logo após sair do quarto, era o sofá, a entrada de sua casa que pegara fogo,Ohh não...Sua casinha não,sua querida e feliz casinha não,ela ficou ali, alguns segundos, seus olhos jorravam lagrimas, lágrimas infelizes,apavorantes, tão tristes, ela correu novamente ao quarto e chamou o pai " Pai,pai,por favor acorde, salve-nos,salve-a"
Ela achara a explicação seu coração era corroído pela dor de perdê-la, ela presentirá, ela acordara com a missão de salva-la.
O Pai dela acordou e as outras faces abriram os olhos, seu pai deu um pulo e correu junto a ela,colocando suas mãos como concha ao redor de sua face, ele perguntou o que acontecera, não precisou da resposta, o fogo refletiu a íris de seus olhos apos o fogo tomar conta de sua visão, ele correu instintivamente e preparava baldes de água da cozinha.
Ele conseguira apagar o fogo da entrada e colocara toda sua família para fora, salva-la, mas o fogo já estava tomando conta de tudo, ele não conseguira apagar o fogo ele era muiito forte, como se não desse a chance, como esse ele tivesse o objetivo de acabar com tudo sem dar chances,o pai dela teve que escolher ali entre sua vida e sua amada moradia.Ele escolheu sua vida... tinha que cuidar de sua família, e ao lado dos amados entes ele pode ver o fogo engolir a casa....
Ohhh..... Não sua amada casa !!!
